quarta-feira, 28 de março de 2012

Destinos do coração - Capitulo I parte 2


Agatha seguiu sua ama pelos corredores frios, sentiu que aquela noite seria muito fria.Entraram nos aposentos de Agatha, Hanna a fez sentar numa mesinha que ficava perto da janela da varanda e a fez comer a sopa fria,sua pequena criança crescera e amadureceria muito mais rápido daqui por diante. Enquanto comia Agatha admirava a força do vento lá fora e as trovoadas que caiam aqui e ali, ela sentia a energia da mãe-natureza lá fora e sentia que por ventura ela as vezes era assim, imprevissivel como uma tempestade. Após o jantar ela deixou-se levar a sala de banho onde sua ama a banhou e logo depois a colocou para dormir como fazia quando ela era uma criança. Agatha adormeceu logo após a saida de sua ama, adormeceu com os pensamentos tristes dos últimos acontecimentos.

...

                Alexander estava na janela do seu escritório admirando a bela tempestade que caia lá fora, ele estava ancioso por rever Agatha, será que ela continuava com aquele espirito fogoso e tempestuoso de quando a conhecera em seu primeiro baile? Ele se envergonhava tanto de te-lâ esnobado e a deixado no meio do salão, mas o espirito irônico da jovem o deixou fora de si, ela era encantadora, mas era perigosamente desafiadora. Sim perigosamente bela, desafiadora, mas ele admira esse tipo de comportamento. Era o sonho de seu falecido pai casa-lo com a filha do General Dowton, segundo ele a jovem  era perfeita para ele. Ela envolvia o mistério e a ousadia em uma mulher, sabia ser dócil como sabia ser rebelde, o velho Duque dissera várias vezes que ele mesmo era assim, mas Alexander discordava plenamente. Sempre conseguiu tudo que queria, ganhou todas as batalhas que se envolveu, conquistou a confiança do Rei, tem todas as mulheres que desejar em suas mãos, tem o respeito dos aliandos e o medo dos inimigos. O que mais ele pode querer? Nada ele já tem tudo, menos o amor de uma bela mulher. Alexander riu amor, ele nem sabia o que era isso, tinha medo de perder sua liberdade num casamento sem sentido, com a mulher mais desafiadora e rebelde que já conheceu, Agatha Dowton tão bela quanto as flores, tão perigosa quanto sua espada.
                No outro lado do aposento uma  porta se abria e Alexander voltou sua atenção na mulher que adentrava o salão. Os anos pareciam não ter afetado Margarythe Cartyllo, continuava bela como sempre fora com seus cabelos negros preso num elaborado coque e seu vestido vermelho vinho com babados negros. Se aproximava lentamente do seu único filho, sabia o quanto aquele casamento não o estava agradando, só não entendia o por que dele aceita-lo.
- Meu querido pensei que estivesse ocupado com seu noivado, pensei que iria para a corte comprar um presente para sua futura noiva. – Margarythe mal reconhecia o rapaz louro parado a janela com um porte arrogante.
- Partirei amanhã bem cedo minha mãe, comprarei um presente especial para uma noiva especial. – Ele estava sendo irônico com a mãe.
- Se não queres se casar com Agatha Dowton, por que aceitou a proposta de seu pai? – Margarythe se aproximou mais do filho o abraçando por trás. – Por que se prender nesse casamento? O que o General Dowton lhe ofereceu além da mão de sua filha?
- Nada mais do que eu já lhe disse... – Alexander se desvencilhou dos braços da mãe e caminhava até a porta do salão que servia como escritório.
- Alexander – Ela girou para encarar o filho, que agora estava lhe olhando.
- Sim minha mãe? – Ele não poderia contar-lhe que esse noivado era uma forma de se desculpar com Agatha e talvez arranjar alguém apropriado para ele, mas nada mais do que isso.
- Eu sei que esse era o desejo de seu pai meu filho – Em parte Margarythe tinha razão, mas no seu intimo ela sabia que o amor jamais tomaria conta do coração de seu filho. Ah sim ela também amou uma vez, amou profundamente um homem, mas isso faz muito tempo. – Mas... – ela exitou um pouco mas preferiu falar o que tanto lhe fazia mal – não magoa essa moça, ela parece ser uma boa pessoa por trás de toda aquela rebeldia e coragem, eu tenho profundo respeito por ela... – “e uma pontada de inveja também...”, pensou Margarythe – ela apenas quer seguir o caminho dela sem ser mandada ou ter alguém que lhe diga  o que fazer...
- Levarei em conta isso... Mas eu não voltarei atrás. Como papai disse ela é a mulher ideal para mim – Alexander odiava ser contestado, ainda mais pela mãe. Ele abriu a porta e antes de sair se despediu da mãe – Boa Noite Duquesa, quando eu retornar será para “nós” irmos ao “meu” noivado...
                Ele saiu deixando a velha Duquesa sem reação, o que acontecera com seu menino? Se não fosse por sua experiencia ela julgaria Agatha, mas sabe que a menina quer apenas ser independente. Mas como ser independente em um lugar como aquele? Agatha era conhecida por sua beleza e rebeldia, mas ela mesma tivera várias oportunidades de conversar com a moça, quando acompanhava o marido as visitas as terras do sul. Sabia que ela era uma moça adoravel, digna de um colecionador, mas ela era o que parte de Margarythe queria ser e nunca fora. Agatha representava a coragem que ela queria ter muitos anos atrás e nunca teve. Ainda ressentida com o filho Margarythe rumou para seus aposentos, onde tentaria durmir e esquecer aquele lampejo do passado que queria vir a tona.
               



domingo, 25 de março de 2012

Destinos do Coração - CAPITULO I


Era um cálido dia de primavera nas Terras do Sul, as ameaças de invasão agora era menos constante. O General tinha suas desconfianças a essa calmaria, pois logo logo seu futuro genro iria finalmente selar o noivado com sua preciosa filha, temia que o Senhor Sherwood planejava algo para arruinar esse noivado e casar-se com Agatha. Era óbvio que Agatha não gostara muito desse noivado repentino, que segundo ela era sem motivo algum, e todos os dias fazia um apelo ao pai, ao qual sempre é negado. Ele não queria entregar sua preciosa para qualquer um, mas com o Sherwood por perto rondando ela e a descorberta de sua doença incuravel. Queria apenas garantir o futuro de sua pequena, que lhe lembrava tanto a mulher que mais amou nessa sua humilde vida e que o qual se arrependia de não ter ficado mais tempo ao seu lado, Amalya partiu precocemente o deixando viúvo e com uma filha de seis anos para criar.
                Agatha estava no salão de música ao seu piano tocando e cantando uma canção de amor,estava pensando que não iria se casar por amor como seus pais. Nem iria amar alguém por estar em um casamento onde nada há, apenas o dever de obedecer e gerar herdeiros para seu Duque. Como a vida era cruel, primeiro perdera a mãe e agora seu pai queria lhe casar com um completo estranho, mas tinha que obedecer já que nunca fora lhe pedido tal coisa, mesmo quando negou vários pedidos de casamento no ano em que debutou na Corte, não por medo e sim por achar muito cedo para isso, queria apenas encontrar alguém diferete para ela. Foi quando viu o seu futuro noivo pela primeira vez, o vira apenas de relance por um breve isntante, pois estava rodeado de mulheres bonitas.Conhecera o velho Duque de Cartyllo ao qual dançara duas valsas com ela em consideração a amizade com seu pai, o velho Duque fez grandes elogios a sua beleza e lhe falou que ficaria muito honrado de te-la como nora, Agatha ainda lembra muito bem o que respondeu ao Duque: “Se não for ousadia de minha parte meu senhor, creio que seria mais fácil uma andoria viver num mar do que seu filho casar-se com apenas uma mulher”. O Duque concordou com ela e sentia um profundo pesar, por que queria ver seu filho casado com uma bealdade como ela, digna de colecionador. Mas no fundo Agatha sabia que ele não mudara, tinha inumeras amantes e continuava o mesmo charmoso e sedutor Alexander de sempre, nada poderia fazê-lo mudar de idéia.
                Já passava do meio-dia, e Agatha percebeu que havia perdido o horário novamente, isso ficara meio que constante nos últimos messes. Robert aguardava a filha para almoçar, viu a jovem descer as escadarias velozmente e a adentrar graciosamente o salão de banquetes, apesar de sua tristeza interior ela procurou sorrir para seu pai. Sabia que havia algo de errado com ele nos ultimos messes só não sabia o que era, notava que a cada dia ele se afastava cada vez mais dela e isso a deixava com o coração apertado. Ela o amava demais e não sabia o que tinha feito de errado para seu pai se afastar tanto, ele devia entender os pontos dela e estava determinada e lhe dizer o porque de não querer se casar com o Duque de Catyllo.
- Desculpe meu pai se o fiz esperar! Creio que me destrai na música hoje. – Disse a jovem fazendo uma leve reverência ao pai antes de tomar seu lugar a mesa.
- Não há o que se desculpar querida. – Robert tomou também seu lugar a mesa observando atentamente cada detalhe gracioso de sua filha enquanto era servida pela criada,sabia no fundo o quanto ela estava infeliz então começou a puxar assunto com sua filha após a saida dos criados como manda o protocolo. – Então minha querida o senhor Sherwood, não tem mais lhe atormentado com pedidos de casamento ou algo assim? Sei que ele a andou lher cercando semana passada. – Viu que Agatha estremeceu ao ouvir aquilo.
- Oh ele andou me endagando sobre meu noivado, mas nada sei e então nada disse. Sei que essa semana ele partiu para a corte e me falou que em breve voltaria, para negociar os seus planos de casar-se comigo.não tenho saido muito por causa disso meu pai, – Agatha não sabia mais o que fazer para impedir Sherwood de se aproximar dela, por isso se enclausurara no castelo afim de não ve-lo mais.
- Logo, logo ele não irá lhe atormentar – viu que Agatha sorrira para ele – Seu futuro noivo mandou uma carta disse-me que daqui algumas semanas estará aqui conosco, para selar seu noivado e marcar a data do casamento.
                Agatha sentira seu estômago gelar, seus olhos escureceram de fúria, o que não passou despercebido por seu pai. Não queria se casar com Harry Sherwood e muito menos com Alexander de Cartyllo.
- Creio que não possa mais convencê-lo de que eu não quero me casar com sir Alexander Cartyllo – Agatha estava sendo irônica e sabia o quanto isso desagrava seu pai – Papai o senhor sabe o quanto eu detestaria me casar com sir Alexander, não gosto dele, assim como não gosto do Senhor Sherwood. Ele é um destinto cavalheiro sim, porém ele é do tipo galanteador que tem aos seus pés todas as mulheres que ele quer... – Agatha acabara de comer um pedaço de frango ao molho branco que tanto adorava, mas parecia que hoje a comida estava sem sabor.
                Novamente o silêncio reinara naquele aposento um silêncio pesado,Robert sabia o quanto aquele noivado desagradava sua preciosa filha, mas era preciso e ele não voltaria atrás. Agatha por sua vez sentia que tinha algo errado, alguma coisa pertuva seu pai e isso a desagrava, pois ele a estava jogando num casamento arranjado. Ela se arrependeu da resposta que derá ao seu pai há pouco, quando estava prestes a desculpar-se seu pai explodiu num tom em que não aceitaria um não de sua preciosa filha.
- Minha decisão é que você vai casar-se com sir Alexander, queira ou não. E eu não voltarei atrás Agatha e você vai me obedecer, estou farto de sua irônia, farto de seu comportamento rebelde. Fiz durante todos esses anos suas vontades... -  Robert agora estava com raiva, Agatha teria que lhe obedecer ao menos uma vez na vida – e nada do que me digas fará com que eu volte atrás...
- Mas por que meu pai? – Agatha agora se levantara e correra para se ajoelhar aos pés de seu pai implorando com lágrimas nos olhos – Por quê? Por quê com ele? Sabia o quanto isso me mata por dentro? – Agatha chorava e em pensamento completa: “Queria me casar por amor e não apenas por um tratado de guerra”
- É o melhor para você Agatha e nem tente me desobedecer, não irei ceder a mais esse capricho seu e já esta mais do que na hora de você se casar, e não me venha com essas suas idéias romanticas. Eu não amava sua mãe quando casei com ela – Agora o tom dele era ameno e sereno ao lembrar de sua doce e obediente esposa Amalya – eu casei com sua mãe num casamento arranjando com o passar do tempo comecei a me apaixonar por ela, por sua voz melodiosa e sei que ela também... – Agatha chorava mais ainda quando o pai lhe disse essas palavras.
- Mas eu não sou Amalya, eu não sou minha mãe... – Agatha sentia seu coração pular e querer sair pela boca – E eu não desejo me casar com Alexander de Cartyllo, não quero e vou recusar ele na frente de todos... -  Agatha sentiu uma mão pesada pousar em sua face esquerda, sentiu a mão pesada de seu pai no tapa que levou no rosto.
- Não tentes que seu castigo será pior Agatha... E não quero que saia hoje do castelo, ficará de castigo até aprender me obedecer, já aturei de mais seus caprichos.
                Agatha ainda em choque se levantou devagar e ergueu seu queixo desafiadoramente, ela mal reconhecia o homem a frente dela, seus pensamentos ainda estavam confusos, sua face ardia e ela tinha certeza que estaria bem vermelha, num impulso ela apenas respondeu:
- Sim meu pai... – Agora lágrimas grossas rolavam pelos seus olhos e sua face, nunca apanhara de seu pai antes, e olha que ela ja fizera coisas bem pior.
                Num impulso Agatha girou sobe os calcanhares e saiu do salão de banquetes, com o pouco de dignidade que ainda restava e com o rosto ardendo de raiva, e sua face dolorida pelo tapa que levara.Após fechar a porta atrás de si ela correu para as escadarias e rumou para seu quarto. Atirou-se na cama e começou a chorar sem parar, pensado no que acontecera no salão de refeição e o que estava acontecendo com ela e seu pai nos ultimos messes.
                Robert saiu do salão de banquetes após a saida de Agatha e foi abordado pela ama da garota que assistiu a sua preciosa criança sair correndo do salão as lágrimas, ouvira toda a discusão mas não discutiria com seu senhor, mas tentaria defender sua criança. Odiava vê-la triste e chorosa pelos cantos, mas sabia que Agatha sabia ser desafiadora e rebelde quando queria.
- Meu senhor eu lhe peço, Agatha não fez por mal, ela é ainda uma criança... – Disse Hanna tentando apaziguar as coisas
- Sei muito bem como minha filha é...- disse ele num tom mais elevando, será que todos estariam o desfiando naquela casa – e sei que ela deverá me obedecer é para o seu próprio bem, e você que é para ela como uma mãe deveria aconselha-la a casar-se e me obedecer...
- Sim meu senhor, irei conversar com ela... – Disse Hanna reverenciando seu senhor antes de se afatar. Falaria com sua criança mais tarde, quando ela se acalmasse.
                A noite caiu nas terras do sul com o seu manto negro, no céu nuvens sombrias e escuras encobriam as estrelas e a lua. Hanna foi aos aposentos de Agatha levar uma sopa para ela se alimentar, já que mal comera ao meio dia e não colocará nada no estômago desde aquele horário. Como previra ela não estava em seu quarto, sabia muito bem onde ela estaria num lugar isolado onde seu pai nunca imaginaria encontra-la, apenas ela sabia o esconderijo, era o segredo das duas. Hanna então se dirigiu para fora do iponente quarto e foi em direção a ala oeste. Um breu atingiu a região subiu um pequeno lance de escadas e prossegui em frente, aquela era uma ala que não era utilizada a mais de 200 anos. Subiu outro lance de escadas ao final do corredor era uma escadaria escura e sombria, que levava a uma torre muito alta que antigamente servia de calabulso para as jovens rebeldes, mas que há muitos e muitos anos não era usado, transformando-se numa éspecie de porão cheio de velharias e coisas antigas dos antepassados da familia Dowton. Hanna adentrou o recinto silenciosamente, ao seu redor movéis quebrados e antigos, quadros amoltuados no seu lado esquerdo, estatuas e vasos de porcelana por toda a parte. Escuridão total e um vento frio, mas Hanna prosseguiu em frente, andou uns metros a mais quando alcançou a estatua em tamanho de uma pessoa de Afrodite ela virou a esquerda e avistou a siluenta de sua criança.
E lá sentada a janela com seu vestido rosa claro, e cabelos castanhos soltos ao sabor vento estava ela, Agatha, ainda com os olhos vermelhos de tanto chorar, suspirava e estava olhando para o norte, lugar onde seu futuro noivo e marido morava. Alexander Cartyllo, “ afinal...”  pensou ela “não pode ser pior com o que eu imagino, seria melhor do que casar com o velhote Sherwood... Talves eu consiga fazer ele mudar... é talvez faça ele se apaixonar por mim e a ser fiel a mim...”, ela sacodiu a cabeça com a tolice que havia pensando. “Não! Nunca , Alexander continuaria a ter todas as mulheres que desejar em sua cama, e eu não posso mudar isso”, pensou Agatha com certo desânimo. Mal notou sua ama se aproximar dela, silenciosamente, ficou a uma distâcia, onde sua criança não se assustaria.
- Agatha meu bem. – falou Hanna com a maior doçura se aproximando dela e subindo um pequeno degrau até ficar um pouco abaixo de sua criança. E afagar-lhe o rosto como fazia quando ela era menor.
- Ah, Hanna, meu futuro é desolador... – Falou Agatha com desanimo na voz e as lágrimas a querer fugir-lhe dos olhos novamente . – Papai não mais me escuta, ele se afastou de mim e hoje ele me bateu...
- Eu sei minha criança. – Hanna sabia que em certo ponto seu senhor estava certo, mas achava injusto casar Agatha com o homem que ela mais odiava. Se ele soubesse... – Mas você o desafiou hoje Agatha, seu pai não sabe o que Alexander fez a minha menina em seu primeiro baile...
- Sim eu sei, odeio Alexander depois de me esnobar na frente daquelas mulheres e me rejeitar daquele jeito Hanna, jurei nunca mais cruzar o caminho dele... o Velho duque, seu pai, era mais cortês e dançou novamente comigo aquela valsa em que Alexander me deixou no salão vazio rindo de mim...
- Minha menina passou-se muito tempo, dizem que ele mudou muito, quem saiba ele não se arrependera disso  querida? – Hanna estava tentando convece-la a ver as coisas por um outro ângulo.
- Sim talvez! Mas mesmo assim, não há mais nada que eu possa fazer, a não ser ceder... – Agatha estava tão desanimada com a possibilidade desse casamento, mas não teria mais forças para lutar contra seu pai. Hoje tivera a prova da força e de como será se o desafia-lo novamente.
- Você é forte irá doma-lo ao seu favor Agatha!
- Sim talvez... – Agatha sempre se sentia melhor com as palavras de sua ama – Hanna comunique meu pai que eu irei aceitar o casamento de bom grado... – “Talvez ainda consiga fazer Alexander a voltar atrás...” completou Agatha em pensamento, ela não era de desistir assim, não poderia lutar contra o pai, mas lutaria com toda alma contra Alexander.
- É o melhor que você pode fazer, não foi nada sábio enfrentar seu pai hoje. Ele sempre fez todos seus caprichos e ficou muito triste por você não obedece-lo. Estamos prestes a entrar em guerra e seu pai tem medo de que algo de ruim lhe aconteça, por isso está querendo casa-la com o Duque de Cartyllo. Dizem que ele se tornou um homem bastante influente na corte, o Rei confia plenamente nele.
- Sim eu sei, me arrependo profundamente de desafiar meu pai... Mas ainda sim há tantos homens influentes para mim me casar e papai me joga para Alexander... – Agatha sabia que a ama tinha razão, mas ela não ia digerir esse casamento assim... – Mas não há mais ameaça de guerra Hanna, apenas os ataques de lobos...
- Deixe os homens com suas guerras, segundo ouvi seu pai essa manhã, as ameaças deram uma acalmada ao saberem que Alexander estar por vir, para selar seu noivado com você... Seu pai teme que algo ruim lhe aconteça minha filha...  – Hanna queria de uma vez por todas apaziguar aquele situação entre os dois – Sherwood está na corte planejado Deus sabe o que contra vocês, ele não a quer como esposa por acaso meu bem. Seu pai é um grande General, nunca discuta com ele esses assuntos... seu pai sabe o que faz Agatha ao oferecer sua mão a sir Alexander.
                Agatha sabia que em parte era isso mas no seu intimo algo dizia que tinha algo a mais. Então ela desceu da janela e abraçou sua ama o mais forte que pode, ficaram assim por um bom tempo. Ela podia sentir o carinho de mãe, que perdera a muito tempo. Hanna sempre a convencia, era a única que ela baixava a guarda além de seu pai.
- Vamos minha criança, trouxe para você um prato de sopa. Precisa se alimentar e descansar bastante.
- Sim Hanna vamos...

quarta-feira, 21 de março de 2012

PROLÓGO


Era uma manhã fria de inverno, Agatha esperava ansiosamente noticias de seu pai que fora acertar uma aliança com o Duque de Cartyllo. A guerra ainda estava no inicio e por ser um dos maiores senhores de terra, o General Robert decidiu se aliar a pessoa mais influente tanto na Inglaterra quanto na Espanha, Alexander Charles de Cartyllo, X Duque de Cartyllo. Era fato e Agatha sabia que seu pai ia propor a mão dela em casamento com o Duque, fortalecendo assim os laços entre as terras. Agatha era a flor preciosa de Robert, sua única filha, tão parecida com a mãe que faleceu quando ela ainda era uma criança. Uma jovem com espírito aventureiro, esperta que só ela, aprendera esgrima e técnicas de combate quando criança para se defender de possíveis ameaças. Tinha um temperamento fogoso e explosivo que contrastava com sua delicadeza e leveza. Agatha era a beleza pura de perfeição para seus inúmeros pretendentes, com a pele aveludada e muito clara, e expressivos olhos cinzentos. Tinha um talento nato para a música e adorava compor ao piano, inundava todas as manhãs aquele castelo com sua melodiosa voz e canção, para apreciação dos servos.
Apoiada na amurada da sacada do salão de música, Agatha estava perdida em seus pensamentos, como estaria esse tal de Alexander, ao qual seu pai deixara bem claro antes de sair que seria seu noivo, ela sabia-se que ele era um jovem Duque arrogante e sem escrúpulos. Dominado de uma beleza incomum devido ao seu sangue espanhol. Ela ouvira certa vez que ele era um distinto cavalheiro e um amante das artes e das belas mulheres que sempre iam parar em sua cama, porém ouvira que ele vencera muitas batalhas e conquistou muito mais riqueza após a morte de seu pai em uma emboscada. Lendas e mitos giravam em torno de sua fama, por fim Agatha sabia de uma coisa, tentaria desuardir seu pai sobre esse noivado, não se casaria com um completo estranho e um ser tão arrogante quanto Alexander...
- Minha criança saia dessa janela, está muito frio, aí fora. - falava sua ama Hanna, que chegara para ver por que a casa estava tão silenciosa, já que naquela hora "sua criança" estaria no piano. - Qual o mal que aflige seu coração, que a deixa tão séria a ponto de nem tocar hoje?  
Hanna, uma senhora de meia idade, meio gorduchinha, cabelos grisalhos e olhos castanhos cuidara de Agatha desde seus seis anos de idade, quando sua mãe falecera, devidos uma pneumonia que pegara ao tentar ajudar os moradores do condado de Donwton em uma enchente que ocorrera durante aquele terrível inverno. Para Agatha ela era mais que uma ama ou serviçal era uma amiga, uma mãe, que sentira tanta falta. Somente ela era permitido chamá-la assim devido sua proximidade com a ama.
- Sinceramente... - Agatha agora que respondia as indagações de sua ama, estava entrando no aposento e fechando a janela atrás de si -... Sinto-me aborrecida, por esse acerto do meu pai com o Duque de Cartyllo. Um noivado onde a noiva mal conhece o noivo...
- Seu pai sabe o que faz, é tempos difíceis, minha criança, ele está assegurando seu futuro...
- Sim eu sei que papai se preocupa com meu futuro... - agora ela se posicionava no piano - Irei tocar para ver se espanto esses pensamentos Hanna. E deixarei tudo isso nas mãos de Deus... - pronunciou sorrindo para sua ama.
-Essa é a minha menina, Deus sabe o que faz...
            Então a jovem começou a cantar uma canção que sua mãe costumava cantar quando ela era pequena. E assim ela pode tirar da cabeça aqueles pensamentos e mergulhar na bela canção que falava de amor e heróis.

...
                Enquanto isso nas Terras do Norte dois homens discutiam os detalhes da aliança a ser formada, o General era um velho conhecido do falecido Duque e achava seu filho tão parecido com o velho pai. Alexander tinha grande conhecimento tanto na guerra, quanto na parte intelectual e fama de ser o mais conhecido e honrado cavalheiro era digno de sua preciosa flor.
-... É claro General, eu aceito me aliar ao senhor como havia lhe dito, afinal tenho uma rixa profunda com o Senhor Harry Piter Sherwood como o senhor bem sabe, odeio seu modo trapacioso de conseguir algo. Além do mais ele ficar cercando a jovem Agatha para conseguir seu dote e suas terras é algo lastimável. - Falava o jovem Duque que aparentava ter 28 anos. Era um homem forte, viril, com os cabelos dourados amarado em um rabicho e expressivos olhos verdes.
- Enquanto ao casamento com minha filha Agatha? Como bem sabes minha filha é uma mulher com grandes virtudes e uma beleza extraordinária. Creio que ela seria uma ótima esposa e mãe, Agatha tem um espírito fogoso e travesso, mas é uma boa moça. Creio que a mulher ideal para o senhor, meu Duque. Além do mais, ela despreza o Senhor Sherwood tanto quanto o senhor.  - Robert tentava convencê-lo a casar-se com sua filha, tinha medo de partir e deixar sua flor preciosa sozinha, nas mãos do sanguinário Sherwood. Agatha sabia se defender, afinal ensinara a ela desde pequena, porém ela ainda era uma criança que há pouco tempo tinha debutado. Tornando-se a mais bela flor na Corte e recusou todos os pedidos de casamento.
- Ouvi falar muito de sua filha, de sua admirável beleza e formosura, assim como sei que tens um grande talento pra cantar e tocar piano. Acredito sim que ela seria uma ótima e devota esposa, seu espírito fogoso me deixa inteiramente satisfeito... E não é de se admirar que ela repudie o Harry, aquele velho é horripilante para a jovem meu caro Robert.
 Alexander não queria desposar a moça sem que ela aceitasse de bom grado esse casamento forjado. Conhecia muito bem a beleza dessa jovem, ele a vira pela primeira vez em seu baile de debutante, onde desabrochou como uma bela flor diante toda a realeza. Sabia também que a moça rejeitou vários pedidos de casamento, naquele ano, talvez por medo ou insegurança, ou por não querer deixar seu pai sozinho.
- Fico satisfeito que aprecie as qualidades de minha filha meu Duque e sei que não a queres tonar-la sua esposa a força... Mas creio que dessa vez ela não irá negar-lhe o pedido. Afinal ela já esta com 17 anos mais que na idade de casar e sair de baixo de minhas asas...
                Horas mais tarde em seus aposentos Alexander, pensava na conversa com o General e viu o medo dele em relação ao futuro de sua amada filha. Anos e anos vivendo entre as guerras de clãs ao lado de seu pai que aprendera a ler o olhar e, a saber, quando alguém mente. Mas imaginar a jovem e doce Agatha nas mãos de Harry era demais, para ele por isso deixou-se aceitar essa proposta de casamento. Ele não precisava de esforços para ter a mulher que quisesse aos seus pés e na sua cama, mas com Agatha seria diferente e ele sabia por que e sabia que a jovem guardara uma grande mágoa a seu respeito. Acostumado a guerras e a passar tempos em vilarejos perdidos ele teve em sua cama vários tipos de mulheres, mas nenhuma que ele quisesse para a vida toda. Duvidava de que um dia poderia encontrar uma que o faria parar de cortejar ou de declamar um poema, parar de seduzir as jovens moças inocentes não tão inocentes assim, esposas ardentes e fogosas que se entregavam a ele. Alexander adormeceu com o pensamento nesse futuro casamento e a perda de sua tão amada liberdade, sonhou com sua jovem e rebelde noiva...

domingo, 18 de março de 2012

Destinos do Coração


No Reino Unido em 1620, em meio às guerras pelas posses de terras no sul do país, surge um inesperado romance entre a filha do General Donwton, Agatha e o Duque de Cartyllo, Alexander. Mas poderia esse romance sobreviver à guerra e as tentativas de invasão as terras do General? Poderia Alexander defender sua jóia das perversidades dessa guerra e do sentimento de perda que a guerra trouxe a jovem? Poderia o romance sobreviver as intrigas do senhor Sherwood
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Agatha Donwton a flor preciosa de Robert, orfã de mãe aos seis anos de idade, vive sendo acediada pelo senhor Sherwood, mas se vê obrigada a casar com o Duque de Cartyllo ao qual elsa sente um profunda mágoa...
Uma história de amor de amor e de intrigas, cheia de aventura e mistérios