domingo, 26 de agosto de 2012

Destinos do Coração - Capitulo 3 - Parte II



                Anoiteceu no castelo dos Dowton e Agatha não retornara Robert e Alexander estava aflitos, pois nada sabiam. O ataque dos lobos ao pessoal do vilarejo se tornara constante, ainda mais perto do riacho no bosque onde Agatha adora ir. Alexander andava de um lado para o outro no escritório de Robert aflito, tinha uma expressão triste, por que se sentia assim ela era apenas outra moça. Não ela não era apenas uma moça, ela era a sua noiva, rebelde, bela, odaciosa, sua futura esposa. Ele sentiu o desejo dela aquela noite, sentiu o quanto ela estava disposta a ceder, viu que ela estava disposta a perdoá-lo. Só não entendia o porquê de ela desaparecer assim do nada nas vésperas do noivado, mas sabia que era culpa de Harry Sherwold esse sim iria pagar caro. Canto dobrado: 1Robert tinha certeza que aquilo fora promovido por Agatha para não se casar com Alexander, como ela ousava em desafiá-lo dessa forma, por que ela vivia fazendo isso, ele que sempre lhe dera tudo, que sempre a mimara com todo capricho. Robert mandara toda a guarda no encalço de sua filha, mas até agora nada, segundo Hanna ela fora apenas compra os seus sais de banho e não retornara mais. Mas por quê?
- Peço desculpas my lorde, iremos cancelar o baile até Agatha aparecer – começou Robert. – Ela irá tomar uma surra para jamais desobedecer a mim ou a você meu caro Duque. Não sei o que ela tem na cabeça
- Creio que deva ter acontecido algo meu caro – Alexander sabia no intimo que Agatha não fugiria – há algo que está me deixando inquieto, por que Agatha fugiria assim do nada?
- Mesmo assim já fiz por demais os caprichos de Agatha não aceitarei mais suas criancices...
                Os homens discutem freneticamente sobre o desaparecimento de Agatha e a sua possível punição quando Margarythe adentrou o recinto e falado a Robert que Agatha estava entusiasmada com o noivado e que devia ter acontecido algo mais grave para ela desaparecer tanto tempo assim.
                Quando os primeiros homens retornaram sem nenhum resultado Margarythe fora se recolher, Robert se trancara em seus aposentos. Hanna por sua vez estava no quarto de Agatha e rezava para que sua criança estivesse bem, adormecera na poltrona ao lado da grande janela do quarto dela. Alexander permanecera à noite acordado tentando achar uma solução, quando ele decide reunir seus homens e ir atrás de Agatha, no fundo ele sabia que ela estava em perigo.
                Amanhecia quando a guarda do castelo retornava sem nenhum resultado Agatha desaparecera e nenhum sinal da jovem pelo vilarejo, soube-se que ela teve uma discussão com Harry Sherwood e que depois ela saíra correndo do vilarejo, mas nenhum rastro dela. Alexaner resolvera ele mesmo ir à procura de Agatha, reuniu seus homens para tal busca, porém antes de sair ele saiu à procura de Hanna e a encontrou no quarto de Agatha com os olhos vermelhos de chorar e devido à noite em claro.
- Com licença senhorita Hanna – Batia Alexander na porta de Agatha – posso entrar?
- Pode sim meu filho – respondeu Hanna indicando a poltrona próxima à janela para ele se sentar – Sente-se. Fiquei sabendo que irás atrás de Agatha.
- Sim, e queria lhe pedir desculpas se eu há muito tempo magoei Agatha, eu era jovem e incoerente...
- Sim eu sei e lhe entendo, mas não é a mim que deves desculpas... – Interrompeu Hanna. – só lhe peço traga minha criança de volta, traga minha menina de volta ao seio da família. – Hanna começou a chorar novamente
-Prometo que lhe trarei, mas me diga os lugares favoritos dela, onde ela se esconde quando está triste. Isso é muito importante para encontrá-la... - Alexander e Hanna discutiram horas sobre os possíveis lugares onde Agatha estaria, e o que poderia ter causado o sumiço da moça. Hanna se lamentava de não ter ido com ela ao vilarejo e mandado Pepe junto, apenas o garoto retornara apavorando falando que Agatha sumira do vilarejo e que vira o Sr. Sherwood sorrindo para Scarletty, uma prostituta da cidade. Já era manhã clara quando Alexander saiu do castelo escoltado pelos seus guardas de confiança.
                Ele foi até o vilarejo, onde foi reverenciado pelos camponeses. Uma senhora que cuidava do antiquário onde Agatha costumava ir, disse-lhe que ela correu em direção ao bosque e que não mais a tinha avistado. Alexander vasculhou cada canto do vilarejo, perto do meio dia ele rumou para o bosque. Ele já havia previsto que mais tarde iria chover e queria trazer Agatha de volta pra casa. Agatha a flor mais preciosa que ele havia conhecido aqueles dias passados no castelo do general, ele começou a sentir algo diferente só não sabia o que era. Queria encontrá-la, abraçá-la e trazê-la de volta ao lar, trazê-la para ele, como ela pudera fugir assim dele sem nenhum motivo, logo agora que ele estava tentando mostrar a ela que mudara. Afinal por que queria tanto agradá-la, por queria ficar perto, por que o som de sua voz era agradável, ela era como um veneno q ardia em suas veias.
- Cubram o perímetro não quero que deixe nada passar por vocês – Alexander dava ordens aos seus homens perdidos em seus pensamentos em Agatha. – Quero que se espalhem e a procurem em baixo de cada pedra se preciso for, mas quero que a achem.
- Meu senhor acha que a encontrara nesse bosque cheio de lobos, meu lorde? – perguntara Willian seu General mais fiel.
- Espero que a encontremos, ainda quero celebrar meu casamento... – falando isso Alexander se afasta algo em seu interior falava mais alto. – Willian vá para a parte oeste da floresta... - Dito isso ele se afasta, sentia que Agatha estava em perigo podia sentir seu medo.
                Na outra parte da floresta Agatha corria com desespero, algo estava atrás dela novamente ela não sabia o que era provavelmente o lobo negro, tinha medo rosnava e uivava passara a noite fugindo dele, que rondava o vilarejo e havia matado vários aldeões, havia se perdido no bosque à noite, ao tentar voltar para o castelo e encarar a dura realidade, Alexander era mesmo um ser despressivel. “Que tola eu fui, em pensar que conhecia esse bosque, não sei nem voltar ao meu castelo, mais tola ao pensar que ele estava apaixonado por mim...” – pensava Agatha a coisa estava se aproximando, mas ela estava cansada, e o lobo parece ter ficado para trás novamente. Quando ela parou embaixo de uma clareira de um velho carvalho ela sente uma presença atrás dela, algo nada bom sentia-se arrepiar por inteira, se virando lentamente sentindo seus músculos tensos ela se depara com dois olhos amarelos, caninos afiados, pêlos brilhantes e pretos e um rosnado feroz. Era sem dúvida o maior lobo já visto na aldeia, Agatha estava paralisada seu intimo dizia pra sair rápido dali, mas como aqueles olhos a encaravam, ela estava em pânico. Ela foi dando um passo devagar para trás, depois outro e outro, a cada passo seu pra trás era um passo a frente do lobo. Derrepente o chão some de seus pés e ela escorrega nas folhas úmidas do orvalho, o pânico se instala em seu coração, gritando desesperadamente ela pensa que agora é o fim que iria morrer, sentia-se caindo em um precipício, direto para os braços da morte, iria encontrar sua mãe enfim.  Tudo durou apenas alguns segundos, mas para Agatha foi uma eternidade, quando seu corpo toca ao solo ela sente uma tremenda dor que lhe invade e não pôde evitar rolar barranco a baixo e rolando mais até bater sua cabeça em uma pedra, ela sentia-se tonta, seu corpo doía todo,sua cabeça sangrava, como foi que não vira aquele barranco atrás dela. Tentava em vão raciocinar, mas não conseguia sentia dor e medo. Ao olhar para cima se depara com o lobo descendo o barranco obcecado pelo cheiro de seu sangue, ela tenta se levantar mais não consegue não tem forças, seu corpo dói está muito tonta, prestes a desmaiar, mas não iria se entregar facilmente assim. Então ela começa a engatinhar, mas o lobo se aproximava lentamente a espreitando, em um ato desesperado ela usa suas ultimas forças para tenta se levantar e correr o mais longe possível. Porém acaba escorregando torcendo o tornozelo e batendo novamente a cabeça em uma raiz de uma árvore, mais sangue jorrava do novo ferimento, agora ela não raciocinava, sentia-se tonta prestes a desmaiar, seu corpo todo doía. Agatha se encolhe instintivamente tentando se proteger do golpe final do lobo, ela gritava num ato desesperado de ajuda, estava tonta sentia q iria desmaiar a qualquer momento “seja rápido, Deus proteja minha alma” – pensava Agatha, quando o lobo deu o pulo mortal em sua direção Agatha fechou seus olhos e abraçou seus próprios joelhos, seria seu fim o lobo iria devorá-la ali mesmo, seu último grito foi: “Mamãe”, mas o golpe final não veio.
                Alexander acertara uma flecha certeira no coração do lobo, ouvira os gritos de Agatha e fora o mais rápido possível atrás do som, tomara o arco e a flecha de um de seus arqueiros. Chegara a tempo de salva-la, mas o estado em que a viu o deixou desesperado, num impulso correu até ela que estava péssima; um enorme corte na testa seu vestido todo sujo de sangue e lama estava rasgado. Ela o vê em uma mistura de ódio e alivio agora poderia descansar em fim. Queria chingá-lo, abraçá-lo, mas sentia-se tão zonza sua visão foi escurecendo e mal pode conter as lágrimas. Agarrando-se na armadura do lorde, as únicas palavras que conseguiu pronunciar foram num sussurro lento.
- Alexander! Por que... Me trais-te... – Agatha não suporta tamanha emoção e dor e desmaia aos braços de Alexander.
- Agatha? Agatha? Acorde – mas ela estava inconsciente em seus braços. A mais bela flor, forte e arredia estava desmaiada em seus braços fragilmente abalada por algo que nem ele sabia o que era, mas sabia que era culpa de Harry Sherwoold esse sim iria pagar caro.
- Meu lorde o que houve? – perguntara Willian tirando Alexander de seus pensamentos e vendo como fora encontrado, ajoelhado ao chão com o lobo morto ao seu lado e Agatha inconsciente em seu colo com uma das mãos em seu peito.
- Traga-me meu cavalo retornaremos o mais rápido possível ao castelo Donwton. Agatha precisa de um médico, Willian vá ao vilarejo e traga um médico para a senhorita Donwton irei levá-la para casa.
- Sim meu senhor! Seu cavalo está na estrada. – Disse Willian apeando em seu cavalo e partindo com metade dos homens com ele.
                Alexander apeia em seu cavalo ajeitando Agatha em seu colo de maneira confortável para que não caísse. Num instinto protetor ele a cobre com sua capa vermelha, era estranho ela ainda está desacordada. Sentia algo que nunca sentira antes com mulher nenhuma ao tê-la ali daquele jeito, não podia explicar o sentimento de perda que sentira quando a vira ser ameaçada por aquele lobo e o estado em que se encontrava agora. Ela perdera muito sangue estava desacordada e um tanto pálida, mas ainda respirava. Alexander foi o mais rápido que pôde ao castelo, temia por Agatha sua preciosa flor, hoje ele percebera que a amava, nunca pensou que amaria algo como ele amava essa moça, ele não soube explicar se foi desde aquele baile ou quando a reencontrou novamente. Apenas sabia que a amava e isso bastava, não importa o que tenha que fazer para conquistá-la ele sabia que no fundo ela também o amava.
                Foi um alvoroço no castelo quando Alexander chegou com Agatha desacordada em seu colo, logo Hanna e outros criados a levaram para o quarto para lavá-la e trocar-lhe as roupas sujas. Não demorou muito para Willian e o médico chegar ao castelo, onde o médico fora levado para curar os ferimentos da Agatha. Logo a história que Alexander salvara a jovem da morte se espalhara pelo castelo. Quando o médico saiu dos aposentos de Agatha ele fora falar com Alexander e com o General Robert.
- Creio  que ela se recupere, mas recomendo adiar o noivado pra daqui uma semana, ela está acordada mas precisa de repouso absoluto. Foi mais o susto que ela tomou, mas mesmo assim como ela bateu a cabeça eu sugiro que ela fique em casa no máximo no jardim já que sei que essa mocinha adora as flores meu general.
- Claro doutor! Adiaremos o noivado avise o pessoal do vilarejo! – disse Robert um tanto contrariado, mas sua preciosa estava mal e pelo que Alexander contara, ela cairá provavelmente em uma cilada armada pelo Sherwood. O doutor despediu-se deles recebeu seu pagamento e fora embora. Robert teria uma longa conversa sobre o que acontecera com Agatha.
- Meu lorde se não se importa irei falar com minha filha tirar essa história a limpo.
- Creio que seja melhor deixá-la descansar meu senhor. – Alexander estava muito preocupado com o estado de sua futura noiva.
- Irei ver como ela está, se ela estiver em condições de falar, falaremos! – Dito isso o general se afasta e toma rumo aos aposentos de sua filha.
                Agatha ainda estava confusa, agora assimilando as coisas tinha certeza que aquilo fora armação de Harry para estragar seu noivado com Alexander. Hanna a havia alertado que essa Scarletty era uma cortesã barata que se vendia a mentiras, por miseras libras. Estava deitada em seu leito com uma camisola leve e com uma tremenda dor de cabeça, seu corpo doía, mas nada podia fazer a culpa era exclusivamente sua por ser estúpida ao ponto de fugir para o bosque. Sentia-se feliz por saber que Alexander a salvara e que se importara com ela, sentia que algo mudara, só não sabia o que era.
Perdida em seus pensamentos ela houve uma leve batida a porta e logo após a voz de seu pai pedindo permissão para adentrar o recinto e pedindo para Hanna deixá-los a sós, após a saída da ama, Robert puxa uma cadeira e senta-se ao lado da cama e pega a mão da filha.
- Pensei que iria perdê-la também, minha única menina e alegria, a única lembrança q sua mãe deixou pra mim... – Robert estava emocionado e Agatha chorava com ele.
- Desculpe-me papai. Não pretendia assustá-lo e eu sei o porquê o senhor veio aqui – Agatha respirou fundo, iria contar ao pai tudo que acontecera era isso que ele queria. – Quero que saiba de uma coisa, não irei mais contraia-lo casarei com o Duque de Cartyllo e celebraremos meu noivado assim que melhorar. Robert ficou pasmo ao ouvir aquilo e escutou tudo que Agatha tinha pra lhe falar, como Harry a enganara, o porquê de fugir e confessou até que estava gostando da compania de seu noivo. E assim ficaram horas conversando como há tempos não conversavam e Agatha sentia seu pai mais próximo dela agora.
                Já anoitecia quando Hanna descera para prepara a janta de sua preciosa, na escadaria encontrara Alexander perguntando sobre Agatha, ela disse que a moça dormia profundamente e que estava bem, mas ele precisava vê-la. Assim que Hanna se afastou Alexander foi às escondidas ao quarto de Agatha, ao entrar ficou paralisado, ela parecia um anjo e dormia profundamente, seus cabelos revoltos caiam sobre sua camisola como um manto a luz da lua iluminava o aposento e ao se aproximar de seu leito ele sentiu seu coração bater mais forte. Com cautela se aproximou mais da moça tocou seu rosto como se quisesse tirar os hematomas e cortes, todavia seus lábios o tentavam mais parecido com botões de rosas, ela ressonava tranquilamente. Mas não ele não poderia, devia conquistá-la aos poucos, soubera que ela entendera que fora enganada pelo Sherwood, mas será que ela o perdoara não saberia dizer. Com um movimento leve ele a vi sussurrar algo que o deixou pasmo;
- Alexander não me deixe... – Ela estaria dormindo? Ou seria apenas fruto de sua imaginação. – Alexander o que faz em meu quarto essa hora da noite? – não ela estava acordada e o olhava terrivelmente espantada.
- Oh! – Alexander fora pego em flagrante não sabia o que dizer, mas era melhor se explicar – Eu queria ver como você estava... Mas vejo que a senhorita está bem, então eu... Eu vou me retirar! – Por que não tinha o que falar pra ela, queria dizer que a amava, mas tudo que conseguiu foi um – Boa noite Agatha! – dito isso ele se vira e anda em direção da porta outra hora conversaria com ela.
- Obrigada meu lorde, por me salvar do lobo! – Ela vê que ele para e a olha céus como ele estava lindo, então ela notara que ele não tirara sua armadura – Deveria ter lhe agradecido antes, mas não pude...
- Fiz o que devia ser feito descanse Agatha – ela o olhava de um jeito todo meigo e estava tão linda e sedutora a meia luz, devia tomar coragem – Soube que Harry implantou mentiras em você...
- E não são de todas verdade? – Agatha sentia sua raiva de volta – Onde você estava todas as noites quando não estava no castelo?
                Num impulso Alexander sentasse na cama ao lado de Agatha que chorava descontroladamente, como ela podia acreditar nisso.
- Eu ainda não posso dizer onde estava, mas não estava com outra dama – “sendo que você é a minha única dama agora” completou Alexander em pensamento
- Como poderei saber se é verdade? Se o senhor não confia em mim e passa as noites fora? – Agatha agora batia nele.
                Alexander não se conteve e tomou os lábios de Agatha, ela resistira no inicio, mas foi cedendo aos poucos ao charme dele. Ele estava inebriado pela maciez daquela boca aveludada, de como nunca experimentara aquela sensação antes. Agatha por sua vez estava confusa não entedia o porquê e qual o motivo daquele beijo, quando sentia que iria desmaiar de paixão Alexander interrompe o beijo.
 - Tive medo de perde-la – Ela estava linda, com o olhar confuso e num misto de alegria, sentira que ela cedera e que ela gostava, mas era errado – Perdoe-me, isso não devia ter acontecido.
                Quando ele ia se levantar para ir embora Agatha segura seu braço e lhe dá mais um beijo ardente dessa vez foi uma entrega mutua, ambos queriam e abriram seus corações em um beijo, ele sentira o medo dela e sentira o quanto ela o amava, ele porém tinha medo de mostrar seus sentimentos por ela e ter seu coração partido, mas isso agora ficara para trás, em um beijo noturno a luz do luar. Quando enfim se separaram eles tremiam de desejo e paixão, mas Alexander sabia que aquilo devia parar por ali.
- Não me deixe meu lorde! – Agatha chorava sentia-se frágil e com medo – fique aqui comigo
- Não posso é errado você sabe, eu preciso ir – A verdade era que ele queria ficar, mas não podia logo Hanna estaria de volta. – Boa Noite Agatha...
                Dessa vez ele se foi e ela não pode fazer nada ele saiu pela porta rapidamente a deixando com aquela sensação maravilhosa e seus sonhos, levemente frustrada. Mas tudo ficaria bem afinal. Era o que ela pensava que nada mais poderia abalar sua felicidade.

sábado, 30 de junho de 2012

Destinos do coração - Capituli III Parte I


CAPITULO III

                Os dois dias que se passara, transcorreram tranqüilos, com Alexander e Robert fora ou trancados no escritório. Agatha com Margarythe arrumando os últimos detalhes do baile. Alexander não mais ficara a sós com Agatha trocando apenas sorrisos e comprimentos discretos com ela, que permanecia a mesma, pelo menos por fora, por dentro ela enfrentava um turbilhão de sensações cada vez que ele a olhava. Não sabia que o que acontecia consigo, sabia que algo em seu peito queimava como uma chama em brasa, só não sabia o que era. Odiava Alexander por lhe fazer sentir assim e se odiava por se permitir sentir isso.
                Na manhã anterior da noite do baile Agatha fora ao vilarejo comprar uns perfumes e óleos de banhos, ela mesma gostava de comprar seus óleos e perfumes. Ficara sabendo que mais um aldeão fora atacado por um lobo nas redondezas dos bosques que cercam a aldeia. Estava ficando mais freqüentes esses ataques e calculava que seu pai saia todas as tarde para resolver esses problemas antes do baile. Ao sair do antiquário se deparou com o Sr. Sherwood que ao lhe ver fez uma reverencia exagerada. Ele era um senhor de aproximadamente 50 anos baixo, meio gordo com cabelos grisalhos escondidos atrás de uma peruca preta para esconder sua idade. Agatha o achava repugnante, odiava como ele a cercava e odiava saber que o que ele queria mesmo era o seu dote e as terras de seu pai, que um dia fora de sua amada mãe.
- Bom dia my Lady! –Disse-lhe isso e lhe entregou um lindo boque com duas dúzias de rosas vermelhas – É para você senhorita, a mais bela dessa região...
- Oh Harry! Digo Bom Dia meu Lorde. – Agatha se assustou ao vê-lo lhe dar um boque de rosas vermelhas – obrigada é lindo.
- Pra senhorita apenas um presentinho humilde de minhas estufas minha cara – Harry queria apenas se certificar que Alexander ficaria furioso, se o visse cortejar sua noiva. Sentia um ódio profundo dos Dowton e dos Cartyllo, pelo que eles lhe fizeram no passado.
- Oh Obrigada mais uma vez Sr. Sherwood – Agatha sentia seu rosto arder em brasa ao imaginar a cara de Alexander ao saber que ganhara aquelas rosa de sir Harry Piter Sherwood. – Não sei se devo aceitar, papai e Alexander irão me matar, mais Alexander e...
- Vai recusar um presente meu, minha Agatha? – Harry sabia que Agatha não queria se casar com Alexander, e usou de seu veneno para envenenar-lhe a mente ainda mais, soubera que noite passada Alexander saíra e que com certeza ela não sabia onde ele fora, então resolveu envenenar a mente de sua noivinha.
- Não sir Harry, apenas que...
- Não aceito não minha cara. – Interrompera Harry pronto pra usar seu veneno. – Alexander não pode se queixar, se você é tão bela e recebe presentes de admiradores no vilarejo, afinal ontem à noite, ele veio ao vilarejo de meus domicílios, para se encontrar com Scarletty Rose Samatym.
- Scarletty? Mas quem é? E por que em seus domínios meu Lorde? – Agatha estava confusa
- Sim minha cara! Sinto muito. Scarletty é uma beldade em meu vilarejo, uma bela dama. – Harry notou que Agatha prendera a respiração, e notando o ar de interrogação da jovem revolveu esclarecer suas suspeitas. – Uma Dama da Noite, meu anjo. Dizem que ele é ótima no faz, eu mesmo a contrato para entreter meus convidados minha dama.
                Ela não podia acreditar no que ouvia, era impossível, o baile de noivado seria na noite seguinte e ele passara a noite com uma Dama da Noite. Harry só podia estar blefando não era verdade. Lágrimas ameaçavam escapar-lhe dos olhos, seus sentimentos se misturavam amor, ódio e desejo.
-Você esta mentindo Harry! – Agatha gritava com ele o que fez todos do vilarejo voltar seus olhares para eles. – Você não suporta a idéia que eu me case com Alexander. Você quer casar-se comigo para ter minhas terras as terras de Amália que deveria ter sido suas.
- Isso me ofende meu bem! Não estou a lhe mentir meu anjo.  – Ele voltou o olhar a uma mulher vestida vulgarmente de vermelho, com os seios prestes a saltar do decote, um resto em formato de coração e olhos azuis. – Scarletty meu bem venha aqui e conte onde sir Alexander de Cartyllo passou a noite?
- Meu caro Harry isso é crueldade com a noiva do rapaz. – Scarletty ria uma risada vulgar, e jogava sua linda cabeleira loura para trás, olhou bem fundo nos olhos de Agatha. – Meu bem seu noivinho passou a noite comigo. 
- Impossível, ele passou com meu pai cuidando dos ataques aos lobos. – Agatha ainda estava em choque. – E o que você está fazendo aqui sua prostituta, em meus domínios? Vou mandar mata-la...
- Aí! Meu bem não precisa tanto, adoro vir aqui trocar informações com a casa de madame Burfly. Mas antes que você me mate quero lhe dizer que o Duque de Cartyllo terminou a noite comigo. – Scarletty riu mais alto, depois baixou o tom e disse. – Ele bebeu demais no bar e me falou que amanhã ele ira assinar sua sentença, que ia selar o noivado com você, falou coisas horríveis ao seu respeito meu amor. – Agatha já estava se sentindo enojada – falou coisa indignas para uma dama como você...
                Agatha nem quis mais saber, atirou o buquê na cara de Harry e saiu correndo dali em direção ao bosque, não queria saber de lobos, de noivado e de mais nada. Deixando Scarletty e o Senhor Sherwood rindo o mais alto que podiam e a todos a olharem-na como se ela fosse culpada por essa desgraça. Entrou na parte mais densa do bosque e se refugiou embaixo de um velho carvalho, que sempre lhe servia de refugio quando criança, afundando o rosto nas mãos e começou a chorar.


...

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Destinos do Coração - capitulo II parte 2


A noite caiu pesada nas terras do Sul, Agatha agora estava na varanda do salão de música, Margarythe  fora descansar depois do chá e pediu para lhe chamar antes do jantar ser servido. Afinal a Duquesa não era uma má pessoa, ela pode sentir a insegurança na mãe de Alexander em relação ao casamento, provavelmente encontrara uma futura aliada contra aquele maldito casamento. Robert fora a vila antes do por-do-sol, disse que tinha assuntos a ser resolvidos por lá, logo após passar a tarde tuda trancado com Alexander no seu escritório.
                Alexander agora andava pelo castelo a procura de Agatha, logo descubriu onde ela se refugiava. Adentrou o recinto sem bater e admirou-a por alguns minutos antes que ela notasse sua presença. Estava linda usava um vestido rosa mais leve, estava com os cabelos presos num coque frouxo, admirava o por-do-sol, sem perceber que era observada. Estava melancólica e ao notar melhor viu seus olhos meio avermelhados, sinal de que chorara a pouco, supirava e olhava para o horizonte, como que esperando um milagre. Alexander sabia no fundo que ela não queria casar-se com ele, sabia que ela ainda não esquecera o que acontecera no baile, mas era um baile e ele era um enconsequente, amadurecera muito após a perda do pai, messes após aquele baile.
                Com um descuido Alexander tropeçou no tapete e caiu sobre o piano, fazendo Agatha se assustar com o entruso em seu recinto sagrado, ninguém mais além de Hanna e seu pai entravam ali sem sua permissão. Virando-se rápidamente se deparou com aqueles olhos  verdes que pareciam olhar através de sua alma, Alexander tinha acabado de se escorar no piano após recuperar o equilibrio e encarava Agatha que agora tinha um feição de medo e raiva. Raiva por ele ter invadido seu espaço, raiva por ele ser estúpidamente bonito, raiva por si mesma.
- Desculpe se a assustei minha dama... – Alexander fez uma leve revêrencia a ela
- O que você faz aqui sir Alexander? – Perguntou ela mal contendo sua irritação ao vê-lo tão á vontade no salão de música que era espaço dela apenas.
- Estava procurando por você Agatha... – Alexander fez uma cara de desdém ao prosseguir – precisava conversar com você, antes de tudo.
- Pois bem, diga – Agatha se sentava agora em um sofá atrás do piano, e ela indicou a poltrona mais afastada  para ele se sentar.
- Eu queria antes de tudo de me desculpar das minhas aitudes naquele dia...
- Ah sim depois de tanto tempo, depois daquela humilhação você quer se desculpar sir! – Agatha interrompera Alexander e agora estava rubra de raiva.
- Sinto muito Agatha pelo ocorrido... – Alexander sabia que ela tinha todo o direito de estar furiosa – mas nunca me imaginaria nessa situação, em que nos encontramos agora, e claro você é uma mulher de fibra e admiro isso. Mas devemos apagar o passado minha cara.
- Ah sim,acha que suas deculpas irá fazer eu me sentir melhor por ser sua noiva? – Agatha agora se levantara e andava feito louca de um lado para outro. – Elogios vindo de um carrasco não me conquistam. O que faria se eu te recusasse na frente de todos?
- Não se atreveria Agatha, você será minha esposa, está me escutando? – Alexander elevara a voz e se aproximava de Agatha, que agora andava para trás. – Como pode deixar os fantasmas do passado ainda te assombrar?
- Nunca irei me esquecer de como todos me olhavam e comentavam sobre o ocorrido – Agatha sentiu um arrepio gélido em sua espinha. – Não posso evitar meu destino, mas lutarei para que esse casamento não ocorra.
- Eu sei que vai, mas não poderá quebrar o acordo de seu pai. - Ele não queria comentar sobre o acordo com ela, afinal ele queria fazer a ultima vontade de seu pai – Pense que seu pai quer apenas sua proteção, ele morreria de desgosto. Você quer isso?
                Estava tão perto de Agatha, sentia seu medo, seus olhos cheios d’água, não queria que a discussão tomasse aquele rumo, mas a moça sabia como irritá-lo. Agatha estava assustada com aquela situação, Alexander estava sendo tão assustador,estava muito sedutor, estava com medo do que poderia vir a seguir, ele a estava encuralando.
- Não, você sabe que não – foi apenas a resposta dela naquele momento.
- Eu não queria lhe assustar Agatha, queria apenas pedir-lhe desculpas por minhas atitudes infantis só isso. Mas você me tira do sério mulher. Eu mudei muito depois que meu pai morreu, aprendi coisas, vi coisas e amadureci. A guerra é horrivel minha dama. Me envergonho profundamente por aquele dia.
Agora sim ela estava encurralada na parede atras de si e ele se aproximava mais dela, Alexander colocou suas mãos na parede formando um cerco onde ela concerteza não iria escapar. Sentia o medo dela, ela estava chorando, céus detestava ver uma mulher chorar, mas aquela mulher era diferente muito diferente, ela tinha um toque virginal com a ousadia de uma guerreira, estava louco para saciar-se com uma mulher, fazia semanas que não tinha uma bela dona em seus braços. Agatha por sua vez estava se sentindo uma boba e fraca por chorar na frente dele, estava confusa ele estava mexendo com os seus sentimentos abalando suas estruturas.
-  Não chores, minha cara  prometo-lhe que nada de mal irá lhe acontecer... – Alexander afagava o rosto dela e lhe falava docemente, afinal teria que conquistar a confiaça da jovem. – Como eu disse eu era um tolo que achava ser o dono do mundo.
- Você não é? Não tem todas as mulheres aos seus pés? – Agatha encarava aqueles olhos verdes e se sentia entorpecida, porém não iria se entregar. – Diga-me o que queres comigo?
- Ah, não sou o dono do mundo, mas tenho todas as mulheres que quero sim! Mas isto é passado, agora quero apenas uma mulher como você ao meu lado, era o que meu pai queria e assim será minha cara.
                Não podia acreditar naquilo, ou ela não ouvira direito, ele queria casar-se com ela por que era desejo do finado Duque. Alexander a encarava tentando decifrar o que se passava na cabeça dela, e ele se sentia cada vez mais atraido pelo perfume dela. Deveria se afastar antes que fosse tarde demais, antes que ele fissese algo que se arrependeria depois, afinal logo estariam casados. Mas ela estava ali, chorosa, incrédula e absolutamente vulneravel e linda, seus lábios estavam o tentando, mas ele era um cavalheiro, não poderia, queria mostrar para ela que ele mudara. Agatha que estava tomada por um topor estranho, sentira-se atraida por Alexander, não queria admitir mas a proximidade dele estava dexando-a extasiada, ele olhava fixamente para seu lábios, céus ele iria beija-la e ela não teria mais forças para resistir a ele. Tudo estava estranho, não era para ela estar quase rendida por ele, afinal ela ainda estava magoada com ele, mas ele estava sendo tão carinhoso, tão sedutor. Podia sentir o calor dele o desejo dele, mas o que ela mais queria era fugir dele, fugir da forma como ele a estava deixando louca e sem reação, seus lábios cada vez mais próximos. Alexander sentiu que ela estava cedendo a ele e gostou muito do que viu, ela agora parecia uma coelhinha assustada, que estava sedenta de desejo, podia sentir o quanto ela estava rendida a ele, mas precisava parar agora ou não responderia por si. “Agatha me perdoe mais eu não posso” – pensava Alexander, mas ela só queria mais um tempo assim, estava quase o beijando, iria experimentar isso pela primeira vez, tudo em volta parou e ele estava tão próximo agora. Derrepente tudo mudou e o encanto acabou, foi tudo rápido demais, de súbito Alexander se afastou, reverenciou-a e depois disse friamente uma desculpa qualquer, beijou-lhe o rosto e se retirou do recinto, deixando Agatha confusa demais para falar-lhe algo, então ela começou a chorar, não mais de raiva ou ódio por ele e sim de desejo, por que ele não a beijara, por que ele se fora assim? Ela não entendia o que se passou correu para a porta mas ele já se fora, então algo começou a doer em seu peito, sentia-se frustrada com o que aconteceu, com raiva ela bateu a porta atrás de si e foi ao piano tentar se acalmar até o jantar.
                Já passava das oito da noite quando Agatha desceu as escadarias apressada, descobriu atraves de Hanna que seu pai não viria jantar por ter ficado preso no vilarejo, ela teria de jantar sozinha com Alexander e a Duquesa. Como encararia Alexander depois do que ele fez, por que ainda estava confusa com o que aconteceu, sentia-se ainda extasiada ao lembrar-se do quão carinhoso e sedutor ele pode ser, mas ao lembrar-se de como ele fora frio ela sentiu uma dor muito forte no peito e uma vontade enorme de chorar. Por sorte apenas a Duquesa a esperava no salão para o jantar, ela dissera a Agatha que Alexander foi ao vilarejo a pedido de seu pai. Agatha sentia que tinha algo errado, mas agora não tinha como  se preocupar com isso, pois tinha uma baile para terminar de organizar, assim o jantar transcorreu tranquilamente com Agatha e a Duquesa conversando sobre os ultimos preparativos para o baile que seria em duas noites.
Margarythe se sentia a vontade com sua futura nora e via nela a filha que queria ter e não teve, não queria que seu filho a fizesse sofrer, era uma boa moça. Sentia-se viva ao lado de Agatha, sentia toda a rebeldia e o coração aflito da moça, mas sabia que com o tempo ela iria acabar por gostar de seu filho, bastava apenas a convivencia para espantar os fantasmas do passado e fazer um novo começo. Após o jantar as duas foram para um salão onde avistavam o jardim sendo banhado pelo luar, conversaram animadamente sobre o baile e os preparativos. Magarythe percebeu que algo aflingia Agatha, suspeitava que era o noivado que se aproximava, então deciciu conversar sobre isso com ela.
- Minha querida com o tempo você verá que não é tão ruim quanto parece, antes de me casar eu me apaixonei por um Jovem que ná época era um Tenente, ele era noivo de uma moça de familia ilustre e rica, lutei por ele, mas poderia ter lutado mais. Com o tempo percebi que não era tão ruim assim e acabei por esquecer o jovem tenente,gostei muito do meu marido e hoje lamento sua morte, mas são coisas que devemos passar... – Margarythe não queria lhe revelar que seu grande amor ainda vivia mais perto do que ela imaginava – Nunca temos escolha meu bem, somos mulheres e nesse mundo quem manda é o homem infelizmente. Sei que não queres se casar com meu filho, mas sei que com o tempo aprenderá a gostar dele, não me tomes como encherida meu anjo, tome meu conselho como uma amiga que já viveu o bastante para saber...
- Obrigada Milady, sei que devo aceitar meu destino, seu filho é um ótimo cavalheiro... – Agatha estava em outro mundo que nem prestou a atenção no que Margarythe lhe falava. – Mas agora se a senhora me permita devo ir me recolher, fique a vontade Milady minha casa é sua, papai deve demorar a retornar.
- Vá minha criança, deve ter sido um dia longo para você, vou também me recolher.
                Ambas foram se recolher e Agatha, deitou-se com a sensação de vazio que sentira logo após a saida de Alexander do salão de música. Não sabia o que era mas adormeceu com os pensamentos no beijo que não ocorrera.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Destinos do Coração - capitulo II


CAPITULO II
               
                Uma semana passou-se rápido demais para Agatha. Ela estava em seus aposentos se banhando enquanto esperava pela chegada de seu futuro noivo e sua mãe. Não conseguira convencer seu pai, aliás ele mal a encarava nesses ultimos dias, viu que se o desobedecesse seu castigo seria muito pior, não teve jeito ela teve de ceder aos pedidos do pai. “Mas veremos se eu não farei a cabeça de sir Alexander...” –  pensava enquanto mergulhava na tina e lavava seus cabelos com uma mistura de rosas feita especialmente para ela na aldeia. Alguns minutos depois ela sai da banheira, e  vistiu uma camisola leve azul e um robe mais claro, abriu a porta de seus aposentos e chamou um criado que passava por ali, mandando Hanna trazer seu almoço no quarto. Meia hora depois a criada entrava nos aposentos comprimentando sua criança e lhe trazendo seu almoço.
- Vejo que estás radiante minha criança! – Hanna notou o olhar travesso de sua criança enquanto, a encarava tomando um cálice de vinho – O que vossa senhoria estás aprontando?
- Nada Han! Que desconfiança é essa agora, até parece meu pai. – ela se fez de braba com a ama, mas isso era demais para ela, então abriu um dos seus belos sorrisos e disse – Estou esperando um milagre só isso, quem sabe Alexander não me deixe em paz...
- Ah sim seria o milagre do século meu bem... – Hanna conhecia muito bem aquela atitude e sabia que ela ia aprontar – seu pai anda menos tolerate a suas criancices Agatha, não quero vê-la apanhar novamente...
- Não vai... – Agatha sentiu seu peito encher-se de dor ao lembrar daquela cena grotesca no salão de refeição – Agora após eu almoçar me ajude me arrumar e eu irei esperar meu “futuro e destinto noivo” no salão de música – Ela novamente foi irônica ao se referir a Alexander, mas Hanna nem ligou para isso.
                Após o almoço Agatha se dirigiu para a sala de música, sentou-se no piano e tocou uma musica de amor tristemente. Trajava seu vestido azul celeste com uma cinta azul marinho na cintura,e uma gargantilha de tecido da mesma cor com uma pedra azul no centro,tinha o cabelo preso num meio coque com algumas madeixas soltas nas costas, passou a tarde entertida na sala de música.
                 Uma caravana adentrou os pessados portões da fortaleza do General Dowton. Robert  mandou Hanna chamar Agatha e se postou no inicio da escadaria de seu iponente castelo,que levava a entrada principal, e esperou ali Alexander. Viu o jovem descer da carroagem e dar a mão para que sua mãe também descesse, ele ficou adimirando a beleza da Duquesa. “O tempo foi generoso contigo, não mudaste nada e estás ainda mais linda...” -  Robert estava agora perdido num passado distante, antes de se casar com sua preciosa Amalya. Alexander se aproximou de Robert e o cumprimentou e ele reverenciou a todos.
- Seja bem vindo a minha humilde casa sir Alexander, X  Duque de Cartyllo, - Voltando sua atenção a Margarythe a saudou – Duquesa vejo que o tempo lhe deixou ainda mais bela.
- General é muita honra, mas creio que minha mãe queira descansar depois dessa viagem cansativa – Alexander queria era ver Agatha, ver como ela estava depois daqueles anos, ele sentia que algo iria acontecer na sua estadia ali, mas não sabia o que era.
- Claro meu Duque, minha Senhora, venham comigo pedirei para Samatha para mostrar seus aposentos meus caros. 
                Todos adentraram a mansão senguindo o General, pararam no meio do saguão principal e Samantha, governanta da casa, se aproximou de seu senhor. Alexander olhava em volta admirando a beleza do lugar se perguntando onde estaria aquela que ele devia se desculpar, onde estaria a moça rebelde e perigosamente desafiafora.  O saguão estava iluminado pela claridade das janelas iponetes, era um amplo saguão e bem no meio estava uma magnifica escadaria de marmore com corrimão de prata, a uma certa altura de 30 degrais havia uma estátua num pedestal, nesse ponto a escada se repartia em leste e oeste. No alto da parede havia uma pintura do General e a falecida senhora daquele castelo.Margaryth agora se sentara num banco próximo as janelas, após o General lhe dar a permissão para ficar a vontade, enquanto Alexander olhava em volta a procura dela.
Robert dava instruções a Samantha, o jovem Duque estava perdido em seus pensamentos quando escutou um leve farfalhar vindo da escada ao olhar para o topo da escadaria, lá estava ela. Bela e iponente, com um belo vestido azul e um sorriso deslumbrante, sendo seguida por sua ama. Os olhares de ambos se cruzaram, embora ela tentasse disfarçar e ele percebeu toda a mágoa e uma pontada de ódio no olhar da moça. “Ela nunca vai me perdoar...” – pensou Alexander, tudo que ele queria era um momento à sós com a moça, para se desculpar com ela, tentou lhe passar isso com o olhar, mas Agatha começou a descer os ultimos 30 degraus da escadaria e se fez ser percebida por todos no saguão, queria quebrar com aquele momento ao ponto de vista dela constrangedor.
- Boa tarde meu pai, - Robert voltou a atenção para ela que agora descia as escadarias e cumprimentava a todos com uma voz suave e melodiosa, como era a de Amalya. – Boa tarde meu Duque, Duquesa, sejam bem vindos a minha humilde casa – reverenciou os convidados ao descer o ultimo degrau daquela escadaria. Sentiu como tivesse boroboletas no estômago quando viu novamente Alexander. Sentiu-se enfraquecer quando ele lhe lançou um olhar cheio de desculpas e arrependimento, porém ela não estava disposta a ceder, não iria ceder.
- Agatha meu bem, - Robert viu a confusão no gesto de sua preciosa, viu que ela estava quase disposta a ceder a Alexander, mas deixaria isso para o baile daqui dois dias, precisava conversar urgentemente com Alexander – acopanhe a Duquesa para um chá, enquanto os criados colocam as bagagens em seus aposentos.
                Tudo que Agatha queria era um momento à sós com Alexander, para jogar toda a humilhação que passara em sua cara, mas isso teria de esperar mais um pouco. Agatha agora era uma anfitriã, e teria que se portar como tal, a Duquesa não tinha culpa do que seu filho aprontou a ela. Voltou o olhar ao seu pai lhe respondeu docemente:
- Claro meu pai, como quiser – abriu um belo sorriso para Robert e Alexander, voltou-se para  Margarythe e lhe disse fazando um pequeno muchocho – Me acompanhe Duquesa numa xícara de chá? Creio que esses cavalheiros não nos querem por perto, concerteza irão tratar de guerras.
- Oh não se preucupe criança estou acostumada com isso. – Margarythe lançou um olhar significativo para Robert e se voltou novamente para Agatha -  Eu aceito tomar uma xícara de chá, afinal quero conhecer mais minha futura nora e acertar contigo os detalhes do baile. – Margarythe usou o mesmo tom dramático de Agatha, que não gostou muito do modo com a chamou.
- Com sua licença meu pai, sir Alexander – Agatha reverenciou a todos, e seguiu para o salão de banquetes, sendo seguida por Margarythe. Aquele seria uma longa tarde.

...